Bom, o post de hoje será uma história que tinha tudo para ser triste para uma criança, mas acabou sendo melhor do que eu pensava. Como o próprio título sugere, vou contar a história em que eu comecei o dia com um PlayStation e terminei com um Mega Drive. Preparados ou não, vamos nessa.
Era abril de 1997, mês do meu aniversário. Apesar de eu ter um Master System, eu queria mesmo era um Super Nintendo, pois quando comecei a frequentar a locadora que ficava nos fundos de uma farmácia ao lado da minha casa, me apaixonei pelo videogame que tinha Mario como mascote e eu queria porque queria ter um Super Nintendo. Então, meus pais foram até o centro da cidade na antiga loja da Arapuã, que ficava perto da Estação Ferroviária de Caruaru, no estado de Pernambuco. Eu e a minha irmã havíamos ficado em casa com a minha avó e lá foram meus pais. Primeiro eles iriam resolver compromissos no centro para finalmente chegar a melhor parte: comprar meu presente. Chegando lá, o Super Nintendo estava em falta e as opções disponíveis eram PlayStation e Mega Drive. Então, meus pais escolheram o PlayStation e não me lembro exatamente qual jogo vinha – não sei se era Crash Bandicoot ou Formula 1 – mas eles trouxeram o Play para casa. Ao chegar em casa, eles me mostraram e apesar de não ser um Super Nintendo, eu fiquei extremamente feliz por comprar um videogame novo que funcionava com CD, o que era muito avançado na época.
Dito isso, lá fomos nós instalar o videogame e aí veio o balde do pólo sul. A minha TV não era compatível com a entrada do Play e bateu aquela tristeza. Como não havia nada que a gente pudesse fazer, lá foram meus pais trocar o aparelho na Arapuã. Chegando lá, eles explicaram a situação e então eles trocaram pelo Mega Drive. Chegando em casa, eles me explicaram que conseguiram trocar o videogame pelo Mega Drive e quando eu vi a caixa com o Sonic, fiquei amarradaço e louco para ligar o videogame. Desta vez, o videogame era compatível com a minha TV e me lembro que junto vinha um cartucho chamado 6-Pak, um cartucho que continha seis jogos. Fui ver os jogos e comecei a jogar Sonic porque já havia jogado no Master System. Vou te falar que eu abri um sorrisão quando vi o Sonic em gráficos bem mais bonitos do que o meu velho Master. Fiquei muito feliz e abracei muito meus pais. Eu me divertia muito com o Sonic e jogos como Super Hang-On, Shinobi, Golden Axe e Columns. O videogame era tão maravilhoso que meu pai me presenteou alguns dias depois com três cartuchos: Top Gear 2, Ayrton Senna’s Super Monaco GP II e Os Flinstones, que a minha irmã adorava. Eu me amarrava nos meus jogos de corrida e de Sonic e me lembro que com algumas semanas, a minha mãe comprou dois jogos – um pra mim, que foi o Mortal Kombat II e outro para a minha irmã, que era da Turma da Mônica, se não me engano, além de outro controle, pois o videogame tinha vindo com apenas um controle. Apesar de não gostar muito dos Flinstones, eu me divertia com a minha irmã e a gente jogava Mortal Kombat também. A gente estava muito feliz com o videogame novo.
Label do cartucho promocional do console. Fonte: Internet/Imagem Pública
Diante de tudo isso, agradeço pelo PlayStation não ter sido compatível com a minha TV, pois me permitiu conhecer um dos melhores videogames de todos os tempos. Além disso, apesar de ter ganho um Super Nintendo em 1998, o Mega Drive ficou comigo até 1999 quando eu o vendi junto com o Master System. O Mega, como eu carinhosamente o chamava, me propiciou momentos inesquecíveis que estão nas minhas memórias para sempre e nunca me esquecerei de cada detalhe daquele período de alegria que eu tive junto com a minha irmã quando jogávamos. Posso dizer, com tudo isso, que tive um dos momentos mais felizes da minha vida como jogador de videogame e como pessoa.