sexta-feira, 22 de maio de 2020

Coisas da Minha Infância: Videocassete

Videocassete: aparelho maravilhoso!


Hoje eu vou trazer para vocês um equipamento que representou aqueles momentos em que gravávamos um programa de TV para assistir depois ou simplesmente era motivo de diversão nos fins de semana quando alugávamos as fitas nas locadoras na sexta-feira para serem devolvidas apenas na segunda-feira. Senhoras e senhores, eis uma relíquia daqueles que viveram os anos 1980 e 1990: videocassete.


Antes de mais nada, vamos à história deste maravilhoso eletrônico. Primeiramente, surgiu em 1956 quando a empresa de eletrônicos Ampex criou um equipamento que seria capaz de reproduzir o conteúdo armazenado em uma fita gravada. Entretanto, como era um equipamento muito caro para a época, acabou ficando restrito apenas as empresas de TV e suas retransmissoras. O primeiro videocassete doméstico – ou VCR (Video Cassette Recorder) – foi da britânica Telcan e surgiu em 1963. Porém, apenas no início dos anos 1970 que tornou-se um grande sucesso comercial e tínhamos opções de marca pra ninguém botar defeito – Sony, JVC, Toshiba, Panasonic entre outras. A demanda deste mercado fez com que a indústria do cinema começasse a explorar o seu potencial, passando a lançar filmes em videocassete para o entretenimento doméstico, que fez com que as receitas das empresas de filmes disparassem. Ademais, um novo mercado surgiu em decorrência do sucesso do videocassete: as locadoras – em breve farei uma postagem à parte. Elas foram responsáveis por aqueles belos tempos em que tínhamos que correr para alugar os melhores filmes na sexta-feira para que pudéssemos devolvê-los apenas na segunda. Eu lembro que ia até a locadora junto com meu pai e minha irmã para alugarmos filmes. Eu gostava de alugar desenhos e os Power Rangers enquanto a minha irmã alugava filmes de contos de fadas e o meu pai alugava filmes policiais. Em média, alugávamos de 8 a 12 fitas para o fim de semana e depois íamos ao supermercado para comprar milho pra fazer pipoca, biscoito, refrigerante entre outros alimentos Toda essa diversão era acompanhada de apenas algumas regras e dentre elas, a de que tínhamos que rebobinar as fitas antes de serem entregues na locadora, sendo passível de multa em caso de descumprimento.


Fita de vídeo: algo que era presente naqueles tempos.


Nas terras brasileiras, o videocassete conquistou o reinado ao longo de 1985 e para conter a pirataria das fitas de vídeo, as empresas de vídeo passaram a lançar fitas seladas em massa, fazendo com que tivéssemos filmes em suas fitas originais. No entanto, tudo isso durou até 1995 com a chegada do DVD – em breve, farei postagem sobre ele – e mudou a forma de consumirmos mídia. Apesar disso, o mercado de videocassete ainda era forte no Brasil. Todavia, no início dos anos 2000, o barateamento do DVD e a chegada de DVD’s importados – SVA que o diga, pois foi o meu primeiro DVD – matou o videocassete, pois a partir de 2006, o DVD passaria a ser padrão de formato de vídeo.

A última vez que eu vi um videocassete foi em uma eletrônica no ano de 2015 e vê-lo me fez recordar dos bons e velhos tempos de quando eu tinha este maravilhoso equipamento que alegrou tanto a minha infância. Posso contar várias histórias a respeito disso em outras postagens, mas uma que eu me lembro e que me deixou p* da vida foi quando a minha irmã pegou as minhas fitas de Pokémon e gravou o programa de Sandy e Júnior que passava todos os domingos na Globo. Me lembro disso quando eu peguei uma das fitas para assistir ao Pokémon, eis que aparece a abertura de Sandy e Júnior e a minha irmã pulando feliz da vida e eu, pra variar, tava muito p* e comecei a chorar de raiva. A partir daí, comecei a esconder as fitas que eu pedia para o meu pai gravar os desenhos que passavam de manhã enquanto eu estava no colégio. Apesar desta e de outras peripécias, foi uma época magnífica.


FONTES





Nenhum comentário:

Postar um comentário