“Nos bons e velhos dias, as pessoas só conheciam a paz e a prosperidade. Mas, ninguém talvez pensou que os dias de mal-estar pudessem vir. Por trás da paz e da prosperidade, invariavelmente há o mal, e aqueles que rejeitam a prosperidade do povo e corrompem a paz. Aqueles que ressuscitariam os poderes das trevas e recriariam o mundo corrompido, se reuniram. Com sorrisos arbitrários, eles aguardam ansiosamente a recriação. Cem anos depois, o malígno renasce novamente. Principalmente preferindo agir durante a noite. Ele pode alterar sua forma em morcego, lobo e se transformar em neblina. Ele suga o sangue de mulheres jovens para preservar a sua vida eterna. Mestre do Castelo do Demônio, o deus da malícia, o Conde Drácula voltou. Castelo Demoníaco de Drácula X: Rondo de Sangue”.
Pelo pequeno prólogo, dá-se a entender que Drácula está aqui, desta vez contarei um pouco sobre o jogo Dracula X: Rondo of Blood (Akumajo Dracula X: Chi no Rondo, no Japão). Este jogo foi lançado em 1993 para PC-Engine (TurboGrafx, na versão ocidental do console) e exclusivamente para o público japonês. Considerado por muitos o melhor jogo de toda a franquia – darei a minha opinião no final – este título é a introdução do Castlevania: Symphony of the Night, que logo terá uma publicação aqui. Então, vamos à resenha.
O jogo se passa antes do Symphony of the Night, em 1792. Richter Belmont, o lendário caçador de vampiros do clã Belmont e descendente de Simon Belmont, vai ao Castelo de Drácula porque várias pessoas desapareceram do vilarejo em que moravam. Dentre elas, estão Annette Renard e Maria Renard, a noiva e a cunhada de Richter, respectivamente. Drácula ordenou para que seus servos sequestrassem especialmente a Annette, pois isso faria com que Richter adentrasse o castelo por livre e espontânea pressão para salvar a sua noiva e a sua cunhada. No meio do caminho, Richter encontra a Morte (Death) e depois de um rápido confronto, ela pergunta se aquele era o poder de Richter. Depois, ela some e Richter agora pode continuar o seu caminho.
Depois de passar pela cidade em chamas e de passar por algumas batalhas com direito a um touro – sim, isso mesmo – tê-lo perseguido, Richter encontra e salva Maria Renard. Com 12 (doze) anos de idade, ela é dotada de poderes especiais. Ela é capaz de convocar espíritos de animais como dragão, pássaro, tartaruga entre outros. Ela se une a Richter e os dois partem para salvar Annette e dar um fim aos planos de Drácula.
Richter e Maria possuem diferentes estilos de jogo. Enquanto ele utiliza o lendário chicote Vampire Killer (Matadora de Vampiros) e armas auxiliares como água benta, crucifixo, adaga entre outras, Maria utiliza os poderes dos espiritos dos animais para destruir seus inimigos e possui uma dupla de pássaros brancos como arma principal. Além disso, ela tem uma ligeira vantagem sobre Richter porque ela é capaz de executar o pulo duplo e também o dash, que a faz se locomover mais rapidamente. No entanto, ao contrário de Richter, ela leva desvantagem em lutas onde a força física é ideal.
A trilha sonora apresenta elementos com uma pegada pop, porém são músicas que casam muito bem com o ambiente mostrado no jogo. O uso de sintetizadores nas composições é um atrativo a parte, o que deixa o jogo muito mais divertido.
Os cenários são maravilhosos para um jogo de 1993. As cores e a atmosfera presentes se encaixam perfeitamente para o contexto do jogo. Isso pode ser visto desde uma cidade em chamas até o próprio castelo. Desta forma, eles são um atrativo à parte, fazendo com que o jogador aprecie cada um deles.
A dificuldade do jogo é bem alta para um jogo da série. Há fases em que o jogador tem mais trabalho para conseguir concluir por conta de alguns chefões que são bem difíceis de serem derrotados, tornando mais interessante a experiência do jogador.
Opinião RetroDorgy
O jogo beira à perfeição. Rondo of Blood é o prelúdio do melhor Castlevania de todos os tempos e para ser o antecessor da maior obra-prima da franquia, é preciso estar à altura e posso dizer que ambos estão lado a lado. Isso acontece porque o seu conjunto é maravilhoso e a história, por mais simples que seja, é sensacional e não há fatores que a comprometam. Os personagens são carismáticos e a jogabilidade é excelente. O grau de dificuldade do jogo é grande o suficiente para ser um desafio que fará com que o jogador aprecie cada momento da jogatina. Comigo, Dracula X: Rondo of Blood tem nota 10.
FICHA TÉCNICA
Nome do Jogo: Dracula X: Rondo of Blood (Akumajo Dracula X: Chi no Rondo, no original)
Desenvolvedora: Konami
Plataforma: PC-Engine
Ano de lançamento: 1993
Mídia: CD
País de Origem: Japão
Lançamento: Nacional (Apenas no Japão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário